Já tive três impressões muito diferentes sobre Ernest Hemingway. Uma delas foi em "Paris é uma festa", de onde vêm uma de minhas frases preferidas sobre viagens, a segunda foi em "O velho e o mar", lindíssimo, e a outra foi o Hemingway relatado em "Casados com Paris", que desconstruiu (ou desmistificou) o autor da minha cabeça. No entanto, para este mês, decidi escolher outro livro do autor, para conhecer um pouco mais.
"Por quem os sinos dobram" ficou famoso depois de virar um longa metragem e retrata a Guerra Civil Espanhola. Embora não tenha participado desta guerra, Hemingway serviu ao exército e cobriu a guerra espanhola como jornalista, já na época em que era casado com sua segunda esposa, Pauline - logo, pouco depois do período em que se passa "Casados com Paris". Embora seja um romance, acredito que tenha algo de autobiográfico no personagem de Robert Jordan, americano encarregado de explodir uma ponte crucial para o avanço dos republicanos (lado que Hemingway apoiava) contra os fascistas.
Todo o livro se passa durante o planejamento da destruição da ponte, com a ajuda de um grupo de ciganos. Jordan se apaixona por uma das ciganas do grupo e traça planos de levá-lá com ele para Madri depois da explosão. As questões políticas entremeiam dúvidas como quem vai sobreviver e se a ponte será efetivamente destruída antes da chegada dos fascistas.
O livro flui bem e faz pensar que Hemingway tem, de fato, muitas facetas. "O sol também se levanta" deve ser o meu próximo. Quem sabe eu chego a uma conclusão sobre ele?
Nenhum comentário:
Postar um comentário