domingo, 3 de junho de 2012

A máquina do tempo - H. G. Wells

"A máquina do tempo" é um clássico publicado em 1895, por isso, quando vi que o tema do desafio deste mês era Viagens pelo Tempo, Wells foi o primeiro nome que me veio à cabeça. O livro está longe de ser um primor, mas ganhou espaço nas principais bibliotecas por sua inventividade e pioneirismo. Nesse tema que é bem mais amplo do que parece na literatura, as viagens pela quarta dimensão, Wells é um de seus precursores.

O livro, como o nome já adianta, conta a história de um cientista que inventa uma máquina do tempo. Desacreditado por todos, faz uma viagem ao ano de 802701, encontrando uma é época em que a raça humana teria se subdividido em duas, os Elois e os Morlocks. Os primeiros viviam alegres, saltitantes e cantarolando sem medo, de estatura menor que os humanos atuais (algo como Smurfs?). Os outros seriam uma raça subterrânea semelhante a aranhas, humanos decrépitos, carnívoros e com fotofobia.

O livro é narrado por um amigo do cientista, que escuta suas historias de viagem junto a jornalistas incrédulos. Embora envolvente, a história claramente acaba de repente.

Não tinha entendido bem porque até que um prefácio da edição de 1931 aparece como apêndice ao livro. Escrito pelo próprio autor, o prefacio explica que a idéia para o livro estava guardada havia muito tempo, mas dificuldades financeiras e profissionais (o autor era jornalista, para variar) fizeram com que ele resolvesse apresentar logo os originais ao mercado. Ainda assim, sem arrependimentos, Wells se mostra contente com sua obra, mesmo com falhas que julga evidentes, e diz ficar feliz toda vez que é citado em outros textos sobre o assunto. Continua um clássico, portanto ainda serão muitas as vezes.

* Comprei este livro em formato digital para né salvar da loucura em um jarro de hospital por uma semana, mas foi lido em dois dias. "A máquina do tempo" já é domínio público, por isso, pode ser encontrado gratuitamente em inglês, por US$ 1,99 em uma edição melhorzinha na Amazon ou por R$21 em português e digital - porque brasileiro adora fazer livro caro em cima de obra de domínio público, vai entender. Confesso que tenho as três versões e li em português mesmo...

Um comentário:

  1. Que legal saber dessa curiosidade histórica por trás do grande clássico de Wells.

    ResponderExcluir